quarta-feira, 13 de julho de 2011

Oliveiras históricas em transplante



A foto acima foi obtida em 2007, na zona de Badajoz.

O tamanho dos 3 exemplares que se encontram em cima do camião deve dar uma ideia da sua antiguidade.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

A idade das oliveiras


Por estes dias, deu-se destaque a uma oliveira existente em Santa Iria de Azóia, que foi considerada a mais antiga em Portugal.


No texto do artigo, pode ler-se que o método de cálculo aplicado pelos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para determinar a idade destas oliveiras muito antigas e ocas “permite datar as árvores através de um modelo matemático que relaciona a idade com as características dendrométricas do tronco (raio, diâmetro ou perímetro). Desta forma é possível proceder à sua datação por um processo extremamente rápido, não destrutivo e exequível mesmo em árvores ocas”.

Na freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, existe uma oliveira capaz de competir com a de Santa Iria. E, por sinal, trata-se de um exemplar classificado de interesse público:


Tenho algumas fotos dessa oliveira, como, por exemplo, a que apresento:



A localização exacta, no GoogleMaps, é a seguinte:


Se as dimensões do tronco servem como indicador para calcular a idade destas oliveiras, tal como foi feito para a de Santa Iria de Azóia, então a de Mouriscas terá (pelos cálculos feitos sobre a foto, e tendo como escala as dimensões do objecto que nela figura e na ausência de medição directa) um diâmetro na base de cerca de 12 metros. A de Santa Iria tem 10 metros, medidos também na base.

Assim, a ser válido o método de cálculo dos investigadores da UTAD, e assumindo que as condições climáticas eram semelhantes, a árvore de Mouriscas seria mais antiga.



Nota: Este post foi editado para reposição de foto. A anterior havia desaparecido por ter sido eliminada no site de armazenamento ImageShack.



Comentários:


Luiz disse a Tue, 12 Jul 2011 23:28:22 GMT:
Recebi este comentário no Facebook, com informações interessantes, e ao qual tentei responder:

Cristina Mendes:

Luiz Alexandre, na verdade a oliveira de mouriscas é muito interessante e terá de certo uma idade respeitável e quem sabe mais de 2850 anos - para saber ao certo a idade são necessárias as três medidas. Se tiver mesmo interesse em apurar a idade sugiro que entre em contacto com "Oliveiras Miilenares" para saber as condições de certificação .


Luiz Alexandre:

Cristina Mendes, fico-lhe imensamente grato pelos seus esclarecimentos, dos quais tentarei fazer eco. O meu interesse particular não vai além do que poderia ter (ou deveria) qualquer outro cidadão.
Evidentemente as minhas observações em nada pretendem fazer diminuir o interesse sobre a oliveira de Santa Iria. Tem sido um caso mediático interessante, que seria bom motivasse as pessoas e as instituições para a situação de muitos olivais antigos que vão sendo arrancados para dar lugar sabe-se lá a quê...
Há um negócio relacionado com isto, levando os exemplares antigos a serem replantados em quintas e urbanizações de luxo, o que lhes permite perdurar, mas seria bom que as árvores não acabassem por secar nos viveiros de transplante.


Luiz disse a Tue, 12 Jul 2011 23:42:19 GMT:
http://www.oliveirasmilenares.com.pt/

(Endereço do site da empresa que está por detrás desta iniciativa, em associação com a UTAD-Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro)

É interessante que esta empresa tenha recorrido a esta forma de marketing que nos atrai para uma perspectiva ecológica e conservacionista.
O transplante destas árvores dos locais onde possam estar ameaçadas para outros onde seja possível assegurar a sua sobrevivência em nada vai contra as leis da natureza. A oliveira não é uma espécie silvestre que nasça e se propague por onde lhe apetece. A sua História está ligada à História do Homem e do Mediterrâneo. Deve ser raro o caso de algum exemplar que não tenha sido plantado pelo Homem.





"Quem dá e torna a tirar, ao inferno vai parar".
É o ditado. Mas, neste caso que está a dar que falar por estas bandas, 
bem vistas as coisas, nem sequer se aplica...
Já nem os provérbios são o que eram...
O que fica por saber é quem deveria ir para o inferno.
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Para alguém mais curioso, sempre adianto que é um caso semelhante, pela sua natureza, a este outro:


Comentários:

Paulo José Matos disse a Tue, 06 Sep 2011 08:08:37 GMT:
É caso para dizer ainda que " A culpa morre solteira!"


quinta-feira, 7 de julho de 2011

pois... desculpas...

Mais vale tarde que nunca, diz o ditado.
Vem esta a propósito de um pedido de desculpas que é devido (espero que com juros comedidos) aos Exmºs amigos que tiveram a paciência de continuar a recomendar-me.
Eu, pela minha parte, por lá tenho passado a visitar, ainda que geralmente entrando mudo e saindo calado.
Não há-de ser nada...
E promessas tímidas de maior assiduidade, aqui.