Terra de ninguém
Continuo a achar que a imparcialidade, ainda que mal conseguida, é sempre uma terra de ninguém. Ao estarmos ali, parecemos sempre estar no campo contrário àquele de quem nos vê e, como tal, permanecemos na mira das suas armas. Ou seja: somos alvos de um lado e do outro. E, no entanto, apenas pretendíamos evitar um desnecessário confronto.
Conclusão: se entendemos que o confronto é preciso (ou inevitável), o que temos a fazer é abandonar aquela terra inóspita e optar pelo conforto que sempre vamos encontrar num dos lados, desde que dispostos a pegar também na metralhadora.
Só resta saber se, no momento da escolha, optamos livremente, ou vamos já sob coacção para um dos campos de batalha.