sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Liebster Award





Não costumo entrar neste tipo de correntes. E não é por lhes encontrar menos mérito ou valia. É possivelmente antes por uma questão de reserva pessoal. Mas why not?...
Neste caso, a resposta já vai um bocado tardia e nem sequer completa, mas, como diz o ditado, "mais vale tarde que nunca".

O Liebster Award é um reconhecimento para os blogues com menos de 200 seguidores. São 11 perguntas a que responder e que de seguida passamos a outras 11 pessoas (no final, veremos por que motivo pode não ser bem assim).

1ª Pergunta: “O que achas do meu blog?”
(quem me enviou o convite ou citação sabe que lhe vai dirigida a resposta)
É um dos portos onde sempre regresso, mesmo quando, por vezes, os cruzeiros possam ser longos. Gosto do que lá encontro em cada regresso. Se o tivesse que comparar com outra referência topográfica, diria que é também um miradouro com vista desafogada para uma paisagem muito diversificada. E, como porto, tem partidas para muitos destinos. Por acaso, ou talvez não, é o que se encontra no topo da lista de favoritos para a respectiva categoria (generalistas). E não é por causa da ordem alfabética.

2ª Pergunta: “O que achas da blogoesfera?”
Continua esférica. Pelos menos eu continuo a ver que se escrevem blogues em todas as partes do mundo.
As redes sociais ou, melhor, A Rede Social, se algum dano lhe causou, foi o do alívio da pressão criativa. Depois de se desabafar em comentários inconsequentes (não necessariamente inconsequentes por demérito, mas por serem efémeros), resta menos apetência pelo esforço de fazer qualquer coisa mais elaborada (eu continuo a achar que um post de blog é uma coisa minimamente pensada).
Mas a Rede Social até ajuda a divulgar o blog. O nosso (convém não abusar) e o dos outros.
O que pode ter diminuído (e ainda bem!) foi aquele impulso de "eu também tenho de ter um blog"... A Rede Social também ajudou a resolver esse pequeno problema: agora, quem não tem nada para dizer, manda umas postas de pescada no Facebook. Eu faço isso imensas vezes.

3ª Pergunta: ”Coisa mais bonita?”
A liberdade, sem dúvida.
A ideia é tão abrangente que nela cabe tudo. A liberdade suprema de poder escolher o que aceitar ou renunciar, até à liberdade de poder abdicar dela mesma por decisão própria jamais condicionada.
Embora não exista em absoluto, é o ideal sem o qual nenhum outro vale a pena.

4ª Pergunta: ”Principal objectivo”
Isto é lá pergunta que se faça?!
As solicitações são múltiplas e todas prementes… Por agora, sobreviver já não seria mau.

5ª Pergunta: ”Maior vício”
Suponho que se pretende que eu diga qual é o maior vício que julgo ter.
Acho que sou viciado em ar. Sou aerodependente, tenho a certeza. Não suporto a asfixia. De nenhum tipo, entenda-se.
Viciozecos daqueles comuns: ia a dizer que gasto muito tempo na internet, mas depois reflecti melhor e cheguei à conclusão de que não é vício, é disponibilidade.
Já fumei bastante, mas curei-me por várias vezes e a última cura está em vigor há vários anos. O melhor método para deixar de fumar é não fumar. Garantido.

6ª Pergunta: ”Música Preferida”
Varia bastante, segundo a hora interior, a estação do humor e a idade. Melhor: vai havendo várias preferências, não necessariamente para sempre. Aquelas a que regresso mais devem ser as principais. Nesta altura, O Requiem (e não só) de Mozart, muito Bach, Mahler (sempre), os Vier Letzte Lieder de Strauss (sempre Jessye Norman, divina), N árias de ópera (e lucevan le stelle...), aberturas de Wagner... Beethoven está em repouso agora, mas já esteve muito agitado.
Pink Floyd em doses maciças. 

E 50% das vezes ouço o que calha.
Sempre atento a sugestões, só ponho "Like" depois de ouvir ou se já conheço.
Obs.: isto não é assunto que se resuma.

7ª Pergunta: ”O que mais odeias?”
Não odeio pessoas. Posso desprezar, em casos extremos, mas quando sucede dificilmente é reversível.
Há bestas que detesto: a traição, a perfídia, a hipocrisia, a indideferença, a sobranceria, a estupidez... Mas o manancial é tão grande que há muito por onde escolher.

8ª Pergunta: ”Qualidade?”
Assim, a secas, não percebo a pergunta. A maioria dos respondentes costuma optar por referir-se a si própria. Sigo a corrente. 
Gnosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo. Onde avultam os defeitos, qualquer qualidade, por mínima que seja, devia destacar-se, nem que fosse pelo contraste. Mas não. É como na floresta: as árvores grandes ocultam as pequenas, se estamos de fora. Se embrenhados nela, os pequenos arbustos escondem as árvores grandes. O eterno problema da perspectiva, do ponto de vista e, quantas vezes, até do ângulo... Não há qualidades nem defeitos, há gradações, como aqueles cursores de ajuste que vão de "-100%", passam por "0%" e chegam a "100%".
"O que é é, o que não é não é", que, por outro lado é (ou parece ser), um defeito: arrogância.

9ª Pergunta: ”Defeito”
Defeito é uma "qualidade negativa".
Resposta genericamente igual à anterior. Por isso mesmo, há muito por onde escolher.
Mas sempre acrescento e destaco: complicativo. É um feitio que, muitas vezes, resulta da conjugação desajeitada de várias qualidades (até mesmo positivas) ou da sua incorrecta gradação (o defeito que me deixou pobre como nasci).

10ª Pergunta: ”Qual é o teu ídolo?”
Infelizmente, a matéria argilosa abunda na composição das rochas onde são esculpidos, especialmente na parte inferior. As fábricas de tinta dourada chegam a ter produções impressionantes. E as de diluente também, é bom não esquecer. Assim vamos de ídolos.
Mas há muitas pessoas cujo exemplo eu gostaria de poder seguir. Nas menos polémicas, deixo que a minha admiração seja encaminhada pelo "mainstream". Nas outras, é metade contra a corrente e metade a favor.
Obs.: Alguns dos maiores filhos-da-mãe da História tinham grandes qualidades e outros tantos heróis estavam carregados de defeitos. Válido também para o presente e, acredita-se, para o futuro.


11ª Pergunta: ”És feliz?
Respondo quando souber. Ou, melhor, como depende da hora interior (e demasiadas vezes também da exterior), da estação do humor e da idade, vamos deixar isso na imagem de uma nuvem que ora é iluminada pelo sol, ora se apresenta carregada de sombras. Como estará o tempo amanhã?...


Citações:
E aqui eu devia colocar uma lista de 11 blogs 11 citados para participarem na corrente e fazer saber aos seus autores, por todos os meios ao meu alcance, que foram alvo de uma notificação.
Mas há um pequeno óbice.
Na questão nº1, pede-se explicitamente que o convidado diga o que pensa do blogue do convidante. Isso pressupõe que aquele tenha algum conhecimento, pelo menos, da existência deste (um primeiro contacto será escassa experiência). Como isso não está assegurado (sei lá se existem 11 pessoas que conhecem este meu blogue!...), não me vou pôr a fazer convites um bocado forçados. Desse modo, quem o desejar fica dispensado de responder a esta incómoda questão nº1...
Assim sendo (e afrontando despudoradamente as regras! excluam-me do concurso, chamem a ASAE, prendam-me...) não vou colocar aqui a listinha de 11 blogues 11 e vou substituir o convite expresso e individual pela ampla divulgação deste post.
Responderá e dará continuidade quem o entender, atitude que se encoraja vivamente. Agradece-se que deixe feedback em comentário.

PS: Suponho que o prémio do concurso é o prazer da participação, o que já não é pouco.

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Imagem: http://hipermegatexto.blogspot.pt/2011/01/de-olho-no-oscar-2011-1-brasil-perde.html