A língua espanhola, para os portugueses, está cheia de falsos amigos, como há pouco vimos.
Na lista então publicada, podemos encontrar, por ordem alfabética, o célebre "rato", que não tem nada a ver com roedores e que significa momento, instante. Para designar os roedores, terão de usar ratón (outra contradição, pois parece referir-se a um rato grande quando na verdade designa um ratito dos pequenos). Para falar das ratazanas grandes, há que usar a variante rata.
No entanto, se usarmos o masculino deste termo (coisa que não é lícita em castelhano, mas que tomamos a liberdade retórica de fazer), encontraremos então um "rato", naquele sentido que, em português, às vezes lhe damos.
Parece que o tema era a destrinça de minúcias linguísticas, mas não é assim: são mesmo os ratos, com destaque para um deles. Atacaram num navio que navega aqui ao lado do nosso e não andaram a brincar. Comeram que se fartaram. E, como boas ratazanas, só por azar é que alguma ainda está no barco quando este se afunda.
Uma descrição do assunto, aqui.