sábado, 29 de setembro de 2012

Ausência de vestígios arqueológicos


http://imprompto.blogspot.pt/2012/09/sitios-arqueologicos-romanos-em-portugal.html

Neste mapa, há uma grande mancha quase vazia de sítios arqueológicos, mais ou menos correspondente à bacia sedimentar do Tejo, na margem esquerda e com excepção da proximidade das margens do próprio rio. Até dá a impressão de que os romanos se desinteressaram desta zona... Mas pode não ter sido bem assim. Não sendo arqueólogo, tenho uma teoria a respeito dessa "lacuna".


Os vestígios arqueológicos podem ser de diversos tipos, mas as construções, com maior probabilidade, permanecem durante mais tempo do que outros. 

Uma condição para o conhecimento da existência de sítios arqueológicos é (verdade de la Palice) que existam vestígios, ou seja: que alguém tenha deixado marcas materiais da sua presença num determinado local.

Outra condição (que se poderia incluir na primeira) é que tenham sido minimamente preservados, a ponto de permitirem a sua identificação e estudo. 

A probabilidade de existirem vestígios do tipo construtivo é tanto maior quanto maior for a presença de materiais de construção duráveis na zona ou próximo dela, a saber: 

— Sendo o transporte dos materiais extremamente difícil e oneroso em épocas anteriores ao aparecimento de veículos mecanizados e mais ainda na ausência de caminhos ou abundância de obstáculos topográficos (a distância é um deles), é de aceitar que a ausência ou escassez de vestígios arqueológicos num determinada zona não pode ser directamente relacionada com um hipotético despovoamento da mesma, sendo necessário ponderar estas condicionantes. As construções podem ter existido, mas, por ausência de materiais duráveis, não resistiram à passagem do tempo, devido a terem sido feitas com os mais facilmente erosionáveis. 
— A construção com blocos cerâmicos, sempre possível na ausência de pedras para alvenaria, desde que existisse matéria argilosa e lenha para a cozer em tijolos, seria ainda assim mais dispendiosa do que a simples taipa ou adobe, sendo por isso tanto mais improvável a sua existência quanto mais pobres fossem as populações da zona.

Sendo a bacia sedimentar do Tejo uma extensa área constituída quase exclusivamente por conglomerados aluvionares (não existem rochas "de pedreira"), estão preenchidas as condições acima expostas para a quase ausência de vestígios de ocupações ancestrais, ainda que estas possam ter tido lugar.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Grande barragem maia descoberta em Tikal


«Maias criaram sistema hidráulico sofisticado e sustentável
Já o povo Maia tinha um método sustentável de recolha e armazenamento de água e que veio a ser aperfeiçoado ao longo de milhares de anos, segundo mostrou uma descoberta arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala e que vem publicada na revista«PNAS».
…»





 O artigo em questão da revista PNAS (referido pela CH) é de acesso pago, mas, curiosamente, é possível descarregar o ficheiro PDF com a informação que lhe serve de suporte.




O artigo da University of Cincinnati é de acesso livre.

A descoberta foi largamente noticiada, tal como é possível ver nesta página de pesquisa do Google.




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O preço da água

É sabido que existem grandes discrepâncias entre os preços do fornecimento de água e serviços de saneamento cobrados pelos diversos municípios.

A ERSAR-Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos publicou recentemente um estudo sobre a matéria, divulgado pelos media, como por exemplo o Expresso, fazendo cada um a sua própria leitura, mas mantendo-se todos à volta de uma mesma base comum onde referem alguns dados que entendem mais relevantes.

A publicação interactiva da ERSAR (acessível nesta página) permite analisar os dados de cada concelho e compará-los com os nacionais (Título da publicação: Encargos dos utilizadores finais domésticos com os serviços públicos de águas e resíduos em 2011 ).

Ficheiro a descarregar: encargos_tarifarios_2011.swf (abre normalmente com Windows Media Player).

Abaixo, duas imagens (screenshot) de dados relativos ao concelho de Gavião. Clicando nas opções disponíveis na aplicação, podem ver-se os dados relativos a três escalões de consumo.



A observação deste último gráfico permite concluir que o preço da água cobrado pela CMG se situa ligeiramente acima da média nacional, enquanto os relativos a saneamento e resíduos se encontram algo abaixo das respectivas médias nacionais.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Rede "manhosa"



A pensar em voz alta a pretexto da rede social.

O Facebook distribui a informação de forma nada proporcional. O algoritmo utilizado entrega as ligações segundo um critério baseado nas interacções anteriores, entrando por isso em modo de retroacção positiva ou círculo vicioso, levando a que cada vez mais sejamos bombardeados com publicações sempre das mesmas origens, enquanto deixamos totalmente de "ver" as restantes.

Algumas acções podem ajudar a diminuir os sintomas, embora não erradiquem a doença: por exemplo, deixar de "gostar" das páginas que abafam as outras (eventualmente guardando externamente o link para uso posterior) e fazer o mesmo com as subscrições de perfis excessivamente activos. É muito fácil clicar no "Gosto" de uma página quando se encontra uma publicação que nos agradou. Mas algumas páginas têm dezenas ou mesmo centenas de actualizações por dia. Mesmo que não apareçam todas, vão inevitavelmente ocupar espaço, tempo e atenção.


Isto faz lembrar o ditado "o saber não ocupa lugar". Esse ditado pode ter sido válido no tempo em que uma pessoa razoavelmente instruída conseguia ter um conhecimento bastante profundo da maior parte das ciências. Não é assim hoje. Levam-se anos a adquirir conhecimentos profundos de um ramo científico. Esses anos não podem ser empregues a adquirir conhecimentos profundos de outros ramos. A vida humana é limitada. O saber ocupa lugar.

Todos os dias somos confrontados com este problema na sociedade em que vivemos, a propósito das opções educativas do país. Que tipo de ensino devemos ter? Ensino profissional logo a partir dos primeiros anos, fechando as portas a potenciais oportunidades mais tarde? Ensino totalmente aberto até à opção do curso universitário, tornando os alunos aptos a seguir qualquer curso, mas sem possuírem nenhuma formação profissionalizante de base para o caso de não seguirem para o ensino superior?

Na era da informação, talvez o maior problema seja o de saber o que fazer com tanta informação. Tão grande como o de saber distinguir qual dela é pura desinformação. A maior parte do que nos chega aos olhos e aos ouvidos é apenas ruído destinado a evitar que oiçamos o que realmente nos interessa. Esse ruído pode resultar de pura tagarelice. E parte dele resulta. O problema é que essa tagarelice muitas vezes já vem contaminada. Basta darmos uma olhadela ao arrazoado que decora a parte de baixo das publicações mais lidas no Facebook ou noutros sítios abertos a comentários, para ficarmos com uma ideia do nível de intoxicação que por aí anda.

A Rede Social não serve apenas para comunicarmos uns com os outros. Esse é apenas o chamariz. Nunca existiu um meio tão eficaz de intoxicar a opinião pública. Mesmo em sociedades tidas como democráticas, onde a expressão é livre, existem inúmeras formas de condicionar o que vemos e ouvimos. Mais ainda: a seguir, ficamos condicionados (sugestão por um lado, auto-censura pelo outro)  naquilo que vamos dizer ou escrever. E nem é preciso falar de países, como a China, onde a circulação de informação é objecto de apertado controlo por parte dos poderes instalados. 

O tempo e o esforço empregues a escrever comentários inconsequentes é desviado de um mais conveniente esforço para perceber o assunto sobre o qual se comenta. A Rede Social é um terreno cada vez mais minado e armadilhado sobre o qual caminhamos como se fosse apenas um jardim florido.

Alguém disse que o verdadeiro, o melhor dos espiões ou agentes secretos é aquele que nem sequer sabe que o é. Aqui passa-se algo de semelhante. Sem nos darmos conta, vamos sendo arregimentados por fazedores de opinião (eles já nem o escondem e até se publicitam a si próprios como tal) ao serviço de interesses nem sempre claros, sejam eles de natureza política, ideológica ou económica. Em menos de nada, já estamos a fazer campanha, a aderir, a defender, a divulgar, a partilhar.


Claro que até os animais treinados do circo (agora proibidos...) se aborrecem e desinteressam-se de fazer as suas habilidades se não forem devidamente recompensados, na forma de um torrão de açúcar ou algo equivalente. Na Rede Social, a recompensa é administrada de forma bastante mais sofisticada. A recompensa é a satisfação. Dedicaremos tanto mais tempo e atenção quanto maior for a satisfação recebida. Ora, se a informação nos chegasse de forma aleatória, a satisfação poderia não estar garantida, devido à chegada constante de conteúdo desagradável. Os filtros da Rede Social encarregam-se de nos fazer chegar praticamente só aquilo de que gostamos (ou que o sistema "supõe" que gostamos), recompensando-nos dessa forma pela atenção que lhe dedicamos.

Conhecedores desta realidade, os feiticeiros modernos (entre eles muitos aprendizes) tratam de descobrir as preferências de cada um de nós para que essas mesma preferências passem a ser o veículo privilegiado da mensagem que nos pretendem transmitir (ou do veneno que nos pretendem inocular). Já não se trata de descobrir o que pensamos para nos encarcerarem por subversivos. Trata-se antes de canalizar a subversão e colocá-la ao serviço dos mesmíssimos interesses e poderes que ela supostamente deveria minar. Mal damos por isso, enquanto nos julgamos uns contestatários iluminados, já estamos a fazer o papel de idiotas úteis.
.........
Voltaremos a pensar nisto.

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Manhoso (do título):
http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=manhoso

No Alentejo, usa-se com um sentido que é uma mescla de toda a definição dada pelo Priberam, o que está muito bem.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Liebster Award





Não costumo entrar neste tipo de correntes. E não é por lhes encontrar menos mérito ou valia. É possivelmente antes por uma questão de reserva pessoal. Mas why not?...
Neste caso, a resposta já vai um bocado tardia e nem sequer completa, mas, como diz o ditado, "mais vale tarde que nunca".

O Liebster Award é um reconhecimento para os blogues com menos de 200 seguidores. São 11 perguntas a que responder e que de seguida passamos a outras 11 pessoas (no final, veremos por que motivo pode não ser bem assim).

1ª Pergunta: “O que achas do meu blog?”
(quem me enviou o convite ou citação sabe que lhe vai dirigida a resposta)
É um dos portos onde sempre regresso, mesmo quando, por vezes, os cruzeiros possam ser longos. Gosto do que lá encontro em cada regresso. Se o tivesse que comparar com outra referência topográfica, diria que é também um miradouro com vista desafogada para uma paisagem muito diversificada. E, como porto, tem partidas para muitos destinos. Por acaso, ou talvez não, é o que se encontra no topo da lista de favoritos para a respectiva categoria (generalistas). E não é por causa da ordem alfabética.

2ª Pergunta: “O que achas da blogoesfera?”
Continua esférica. Pelos menos eu continuo a ver que se escrevem blogues em todas as partes do mundo.
As redes sociais ou, melhor, A Rede Social, se algum dano lhe causou, foi o do alívio da pressão criativa. Depois de se desabafar em comentários inconsequentes (não necessariamente inconsequentes por demérito, mas por serem efémeros), resta menos apetência pelo esforço de fazer qualquer coisa mais elaborada (eu continuo a achar que um post de blog é uma coisa minimamente pensada).
Mas a Rede Social até ajuda a divulgar o blog. O nosso (convém não abusar) e o dos outros.
O que pode ter diminuído (e ainda bem!) foi aquele impulso de "eu também tenho de ter um blog"... A Rede Social também ajudou a resolver esse pequeno problema: agora, quem não tem nada para dizer, manda umas postas de pescada no Facebook. Eu faço isso imensas vezes.

3ª Pergunta: ”Coisa mais bonita?”
A liberdade, sem dúvida.
A ideia é tão abrangente que nela cabe tudo. A liberdade suprema de poder escolher o que aceitar ou renunciar, até à liberdade de poder abdicar dela mesma por decisão própria jamais condicionada.
Embora não exista em absoluto, é o ideal sem o qual nenhum outro vale a pena.

4ª Pergunta: ”Principal objectivo”
Isto é lá pergunta que se faça?!
As solicitações são múltiplas e todas prementes… Por agora, sobreviver já não seria mau.

5ª Pergunta: ”Maior vício”
Suponho que se pretende que eu diga qual é o maior vício que julgo ter.
Acho que sou viciado em ar. Sou aerodependente, tenho a certeza. Não suporto a asfixia. De nenhum tipo, entenda-se.
Viciozecos daqueles comuns: ia a dizer que gasto muito tempo na internet, mas depois reflecti melhor e cheguei à conclusão de que não é vício, é disponibilidade.
Já fumei bastante, mas curei-me por várias vezes e a última cura está em vigor há vários anos. O melhor método para deixar de fumar é não fumar. Garantido.

6ª Pergunta: ”Música Preferida”
Varia bastante, segundo a hora interior, a estação do humor e a idade. Melhor: vai havendo várias preferências, não necessariamente para sempre. Aquelas a que regresso mais devem ser as principais. Nesta altura, O Requiem (e não só) de Mozart, muito Bach, Mahler (sempre), os Vier Letzte Lieder de Strauss (sempre Jessye Norman, divina), N árias de ópera (e lucevan le stelle...), aberturas de Wagner... Beethoven está em repouso agora, mas já esteve muito agitado.
Pink Floyd em doses maciças. 

E 50% das vezes ouço o que calha.
Sempre atento a sugestões, só ponho "Like" depois de ouvir ou se já conheço.
Obs.: isto não é assunto que se resuma.

7ª Pergunta: ”O que mais odeias?”
Não odeio pessoas. Posso desprezar, em casos extremos, mas quando sucede dificilmente é reversível.
Há bestas que detesto: a traição, a perfídia, a hipocrisia, a indideferença, a sobranceria, a estupidez... Mas o manancial é tão grande que há muito por onde escolher.

8ª Pergunta: ”Qualidade?”
Assim, a secas, não percebo a pergunta. A maioria dos respondentes costuma optar por referir-se a si própria. Sigo a corrente. 
Gnosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo. Onde avultam os defeitos, qualquer qualidade, por mínima que seja, devia destacar-se, nem que fosse pelo contraste. Mas não. É como na floresta: as árvores grandes ocultam as pequenas, se estamos de fora. Se embrenhados nela, os pequenos arbustos escondem as árvores grandes. O eterno problema da perspectiva, do ponto de vista e, quantas vezes, até do ângulo... Não há qualidades nem defeitos, há gradações, como aqueles cursores de ajuste que vão de "-100%", passam por "0%" e chegam a "100%".
"O que é é, o que não é não é", que, por outro lado é (ou parece ser), um defeito: arrogância.

9ª Pergunta: ”Defeito”
Defeito é uma "qualidade negativa".
Resposta genericamente igual à anterior. Por isso mesmo, há muito por onde escolher.
Mas sempre acrescento e destaco: complicativo. É um feitio que, muitas vezes, resulta da conjugação desajeitada de várias qualidades (até mesmo positivas) ou da sua incorrecta gradação (o defeito que me deixou pobre como nasci).

10ª Pergunta: ”Qual é o teu ídolo?”
Infelizmente, a matéria argilosa abunda na composição das rochas onde são esculpidos, especialmente na parte inferior. As fábricas de tinta dourada chegam a ter produções impressionantes. E as de diluente também, é bom não esquecer. Assim vamos de ídolos.
Mas há muitas pessoas cujo exemplo eu gostaria de poder seguir. Nas menos polémicas, deixo que a minha admiração seja encaminhada pelo "mainstream". Nas outras, é metade contra a corrente e metade a favor.
Obs.: Alguns dos maiores filhos-da-mãe da História tinham grandes qualidades e outros tantos heróis estavam carregados de defeitos. Válido também para o presente e, acredita-se, para o futuro.


11ª Pergunta: ”És feliz?
Respondo quando souber. Ou, melhor, como depende da hora interior (e demasiadas vezes também da exterior), da estação do humor e da idade, vamos deixar isso na imagem de uma nuvem que ora é iluminada pelo sol, ora se apresenta carregada de sombras. Como estará o tempo amanhã?...


Citações:
E aqui eu devia colocar uma lista de 11 blogs 11 citados para participarem na corrente e fazer saber aos seus autores, por todos os meios ao meu alcance, que foram alvo de uma notificação.
Mas há um pequeno óbice.
Na questão nº1, pede-se explicitamente que o convidado diga o que pensa do blogue do convidante. Isso pressupõe que aquele tenha algum conhecimento, pelo menos, da existência deste (um primeiro contacto será escassa experiência). Como isso não está assegurado (sei lá se existem 11 pessoas que conhecem este meu blogue!...), não me vou pôr a fazer convites um bocado forçados. Desse modo, quem o desejar fica dispensado de responder a esta incómoda questão nº1...
Assim sendo (e afrontando despudoradamente as regras! excluam-me do concurso, chamem a ASAE, prendam-me...) não vou colocar aqui a listinha de 11 blogues 11 e vou substituir o convite expresso e individual pela ampla divulgação deste post.
Responderá e dará continuidade quem o entender, atitude que se encoraja vivamente. Agradece-se que deixe feedback em comentário.

PS: Suponho que o prémio do concurso é o prazer da participação, o que já não é pouco.

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Imagem: http://hipermegatexto.blogspot.pt/2011/01/de-olho-no-oscar-2011-1-brasil-perde.html


domingo, 9 de setembro de 2012

Capela Sistina


Snapshot, obtido no monitor (1680p x 1050p), depois recortado na dimensão maior para 1600p  (devido às limitações de tamanho de upload de imagens no Google/blogspot), o que permite a reprodução tal como foi obtido.
A fonte da imagem é esta extraordinária visita virtual que vale, segundo alguns (não o posso comprovar, pois nunca estive lá), tanto ou mais que uma visita real:

http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html

Link directo para a imagem tal como obtida:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVSZYY_Dq0snwwGDmYj8g1Klzx-Wqfdhm67kYiApOqhXSYxEO-GOrWaXlKO2sIk64PVNz1yiRI9V_zRO6mFnrXRBMJCtwyjQynywhx1ynN5UDuDt3UojdIykXvIdLZqNXx3eoaYgQFyTo/s1600/sixtchapelceiling2.jpg
(clicar, se aparecer o sinal "+" no cursor)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Distâncias


http://saofranciscovet.nafoto.net/images/photo20080318182328.jpg


O cão tem de ter ainda mais cuidado.

A relação social perfeita foi descoberta pelos ouriços-cacheiros, durante o inverno: demasiado perto, aquecem-se uns aos outros, mas, quanto mais perto se colocam, mais se picam entre si; demasiado longe, acabam por gelar.

Entre arrepios de frio e picadas de espinhos, lá conseguem arranjar uma distância conveniente.

Os ouriços conseguiram acertar com o meio-termo.

Os humanos teimam em agarrar-se aos extremos.