sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Adeste Fideles




Adeste Fideles 
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte 
Regem angelorum 
Venite adoremus 
Dominum 
Cantet nunc io 
Chorus angelorum 
Cantet nunc aula caelestium 
Gloria, gloria In excelsis Deo 
Venite adoremus 
Dominum Ergo qui natus 
Die hodierna 
Jesu, tibi sit gloria Patris aeterni 
Verbum caro factus 
Venite adoremus 
Dominum 


Embora ainda subsista alguma polémica quanto à autoria deste hino, é quase consensual que se deve ao rei D. João IV de Portugal. http://en.wikipedia.org/wiki/Adeste_Fideles




Comentários


Júlia disse a Sun, 27 Dec 2009 17:17:11 GMT:
Ouvi este cântico de Natal, atribuído a D. João IV, rei de Portugal, entoado pelo coro Tomás Alcaide de Estremoz na Igreja de S. João, no passado dia 19 de Dezembro. Gostei muito. Aliás, sempre foi um dos meus cânticos de Natal preferidos e que algumas ouvi na Missa do Galo, há muitos, muitos anos... quando acontecia ir a esta celebração litúrgica.


Júlia disse a Tue, 29 Dec 2009 21:50:43 GMT:
Sabe que não tinha lido as suas letras pequeninas? Foi durante o referido concerto que soube da provável autoria desta peça pelo D. João IV.


Luiz disse a Wed, 30 Dec 2009 19:16:55 GMT:
Tenho pena de não saber cantar assim.
Quanto à letra...
De latim, não sei quase nada. Há muitas décadas, quando ainda ia, por obrigação, à missa, apercebi-me de que o rito tinha deixado de ser falado naquela língua, e passara a ser entendido por todos em português.
Já não recordo se, no tempo da missa em Latim, os fiéis assistentes respondiam como agora, ou se era apenas o sacerdote quem debitava todo o discurso.
Mas nunca me esqueci de que “dominus vobiscum” (com maior ou menor rigor), significa ” o Senhor esteja convosco”.
E que a frase mais apetecida era “Ite, missa est”, por ser a última.
Desejo-lhe um Feliz Ano Novo



domingo, 25 de outubro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os resultados eleitorais vistos por um carroceiro


Bom dia a todos!

Com estes resultados eleitorais, é lícito pensar que os Portugueses já não estão (não estamos!) muito seguros de continuar a querer Sócrates e este PS.

Mas… mas, se Manuela Ferreira Leite e este PSD fossem alternativa, teriam ganho.

Alguma coisa vai ter que mudar, embora, para já, tudo vá ficar mais ou menos na mesma.

Ou será que eu estou a meter os pés pelas mãos?!

Haja saúde!



Comentários:

Júlia disse a Mon, 28 Sep 2009 18:08:05 GMT:
Gostei da profunda análise da situação política, após o acto eleitoral de ontem, feita pelo ilustre carroceiro. Olhe que não fica atrás de algumas debitadas por figuras consideradas de dimensão nacional e que povoam as rádios e televisões. Não desmerecendo do seu blogue, acho que merecia uma ampla divulgação na comunicação social.
Agora, vamos às autárquicas! Pode ser que alguma coisa mude...
Cumprimentos

Luiz disse a Sat, 03 Oct 2009 16:22:33 GMT:
Sinceramente, acho que apenas disse o óbvio (algo assim como as verdades de La Palice).
Mas também é verdade que o óbvio às vezes nos aparece como uma surpresa.


sábado, 22 de agosto de 2009

Vou subir por este rio...



Castelo de Belver, rio Tejo


Comentários:


Júlia disse a Mon, 24 Aug 2009 10:43:58 GMT:
Até parece que estamos em latitudes mais elevadas, no reino das brumas, com o castelo a ficar ainda mais misterioso.
Curiosamente, a última vez que atravessei o Tejo também estava um denso nevoeiro sobre o rio.
Boa semana


Luiz disse a Mon, 24 Aug 2009 16:18:39 GMT:
Na verdade, não havia bruma digna desse nome. Mas não se pode evitar fotografar o ar que se encontra entre nós e o objecto fotografado. E quando se fazem fotos com objectivas de longo alcance, essa presença do ar é ainda mais notória. A foto foi tomada da barragem, a vários quilómetros de distância. E garanto-lhe que o único tratamento que levou foi o alinhamento, pois é bastante feio o efeito da água "desnivelada". E como havia uma "ligeira contraluz", a refracção da luz solar deve ter os seus efeitos. Em todo o caso, acho que resultou no tal efeito misterioso que, se não foi propositadamente buscado, não deixa por isso de ser bem vindo.

Boa semana para si também.




domingo, 9 de agosto de 2009

Atravessei o rio e fui à Vila ("do Alentejo à Beira")

Relógio da torre:

Meio-dia, sol e sombra:

Sacada:

Visita ao castelo:

Janela:



Comentários:

Júlia disse a Tue, 11 Aug 2009 17:07:04 GMT:
Gostei muito das fotos da vila. A última achei particularmente interessante porque fiz uma muito parecida no castelo de Vila Viçosa (está no Flickr).
Revi o largo e vi aquela escadaria que não tive coragem de subir (estava muito calor...).

Luiz disse a Fri, 14 Aug 2009 17:03:32 GMT:
Por acaso, lembro-me dessa sua foto. E lembrei-me dela também quando estava naquele local. Por isso, de alguma forma,foi um caso de inspiração.
E, neste caso, a luz algo filtrada da janela resulta da enorme quantidade de sujidade acumulada nos vidros (algo dificilmente perceptível na imagem). Mas o resultado desse efeito não foi mau de todo, devo reconhecer (mesmo a sujidade pode ter algum valor!!!).




domingo, 2 de agosto de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Alteração de imagens

Edição de Fotos (Retoques, alterações, supressões).

DSC00819
A foto, tal como foi tirada, do interior de uma viatura parada num semáforo.

As alterações consistiram em retirar do primeiro plano os elementos estranhos ao motivo principal, o jardim. Nada foi acrescentado, a não ser a legenda. As áreas alteradas foram preenchidas com elementos da própria imagem (relva e outras plantas).

DSC00819a DSC00819b
Primeira edição (corte) Segunda edição (alterações)




Post editado com Windows Live Writer

Nota: Não foi possível carregar directamente as imagens para o Blogger, usando este editor.
No entanto, foi possível editar o post em HTML para incluir a URL das fotos.
A disposição dos elementos também não ficou com 100% de eficiência, como no WordPress.



Comentários:

Júlia disse a Wed, 22 Jul 2009 10:52:47 GMT:
Pois é, transformar alcatrão da estrada em relvado é um caso sério de mágica!
O que demonstra esta sua habilidade é que nem tudo o que vemos nas fotos pode, de facto, corresponder à realidade. Claro que toda a gente já sabe que as revistas (sobretudo as cor-de-rosa) usam e abusam dos retoques e as belas imagens de rapazes e raparigas (principalmente estas) não passam de ficções muito bem trabalhadas. Também já vi comentários a fotos em blogues com esta temática, onde se refere o excesso de photoshop.
Garanto que nas minhas fotos não uso estes artifícios...
Cumprimentos



Luiz disse a Sun, 26 Jul 2009 00:06:13 GMT:
Magia, em bom rigor, não é. Trata-se simplesmente do aproveitamento e uso das possibilidades que nos oferecem as tecnologias.

Li recentemente algures (creio que no blogue de um fotógrafo brasileiro, que evoluiu de arquitecto para fotógrafo) uma coisa com a qual concordo absolutamente: uma imagem nunca é a fiel representação da realidade, começando pelo simples facto de que, tendo sido feita, podia não o ter sido. Trata-se, portanto, mais de uma interpretação do que de uma cópia.

Cabe a cada um ter a honestidade de não efectuar alterações que não correspondam aos objectivos expressos, ou, em alternativa, não definir objectivos a que o objecto apresentado não seja capaz de corresponder. Quanto a falsificações, já se faziam no tempo dos rolos, embora, ao que parece, fossem muito mais trabalhosas...

Não uso o Photoshop. O facto de ser demasiado caro para as minhas possibilidades faz com que o ache também desnecessário (alguma coisa a raposa de La Fontaine me ensinou). Uso simplesmente o Picasa, que é um programa mais do que suficiente para retirar as incómodas manchas nas fotos feitas pelo meu ajudante (inevitáveias quando se fotografa através de um pára-brisas cheio de insectos esmagados), e também para permitir habilidades como as deste post.

E, por vezes, a imagem real pode ser muito menos interessante do que a modificada, tal como este post pode exemplificar.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os Ladrões de Cerejas






Há umas semanas atrás, um acidente na zona de Orléans provocou um enorme engarrafamento.

A espera é aborrecida e as pessoas começam a procurar actividades para passar o tempo. Conversa-se casualmente com o "vizinho" do lado, aproveita-se para ir "regar as flores" na berma, ou fica-se simplesmente a ouvir música (toda a gente desliga os motores).

No caso da foto, deu-se a coincidência de haver por ali umas cerejeiras, por sinal bem carregadinhas.

Estes três aproveitaram bem, como se vê...


Comentários:
Júlia disse a Fri, 17 Jul 2009 11:13:52 GMT:
Isto é que é sentido de oportunidade!
Mas este acto tem um nome que não é muito bonito...

Luiz disse a Tue, 21 Jul 2009 09:15:58 GMT:
Convém notar que as cerejeiras se encontravam na berma da auto-estrada. e que existem bastantes, em algumas zonas, entre os arbustos que ladeiam as vias e nos terrenos pertencentes às mesmas. Como não parece provável que a empresa concessionária, ocupada em cobrar portagens escandalosas, se preocupe em mandar alguém colher as cerejas, estas acabariam por ser comidas pelos pássaros, depois de cumprirem uma função meramente decorativa.
Assim sendo, estes três não cometeram acto de gravidade, pois limitaram-se mais ou menos a fazer como os seus longínquos antepassados caçadores/recolectores...
Se eu tivesse outra interpretação, nem sequer publicaria a foto, como é evidente. E o ar alegre que mostram os três não faz senão evidenciar como é bom, de vez em quando, praticar alguma travessura.
Ir às cerejas...



sábado, 27 de junho de 2009

Memória volátil



Angoulême, França
Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Tinha aqui este apontamento manuscrito, rabiscado no verso de uma folha arrancada do livro de relatórios de serviço:

Muitos dos meus pensamentos e intuições são tão rápidos que não chegam a tomar forma discursiva.
E, no entanto, parecem obedecer a toda a lógica.
São fugazes, voláteis. Quando tento recuperá-los, já se me apagaram da memória.
Fica apenas a impressão de terem estado lá. Resta o sentimento doloroso e impotente de uma perda irrecuperável.

Sei que não sou o único a queixar-me da rapidez do pensamento. É mesmo uma queixa recorrente, especialmente dos escritores. Na mais recente leitura feita de Antonio Muñoz Molina, nas Ventanas de Manhattan (li o original em castelhano, e não sei se existe tradução para o português), recordo-me de a ter encontrado. Ele diz que andava sempre a pé pelas ruas de Nova York, levando às costas uma mochila cujo conteúdo se resumia praticamente a um caderno e uma caneta, que ele chama rotulador, e que nós chamamos marcador, ponta de feltro.

Nota-se que muitas das secções do livro foram escritas nos próprios locais que ele vai descrevendo com uma profusão de dados impressionante. De outro modo, ele teria de possuir uma memória absolutamente fotográfica para conseguir fazê-las.

Durante o fim-de-semana passado (que não foi bem um fim-de-semana, pois descansei dois dias a meio da dita) aproveitei para fazer uma visita virtual a alguns desses locais.

A Internet traz o mundo para dentro da nossa casa. Entrando no site do Google Maps, arrastando um boneco que ali está para o local pretendido, podem ver-se as fotos desses mesmos locais. São imagens navegáveis, em sucessão, tiradas a poucos metros umas das outras, a 360º, com grandes angulares impressionantes, sendo praticamente esféricas, pois pode ver-se o cimo dos arranha-céus, na mesma foto em que se vê o chão, obtida mesmo ali, no meio da rua, possivelmente por uma câmara colocada no tejadilho de um carro. Vi, por exemplo, ali mesmo ao lado do Central Park, o carismático edifício Dakota, e, na rua transversal, a porta onde foi baleado e morreu John Lennon. Vi os letreiros enormes de Times Square, o Waldorf Astoria, uma estátua de Confúcio no cruzamento da Division com outra rua cujo nome agora se me varreu. Estive mesmo à entrada do Instituto Cervantes, de que o escritor foi director durante algum tempo, andei à volta do Columbus Circle, e também do Ground Zero.

E quando as fotos, apesar de bastante pormenorizadas e nítidas, possam parecer insuficientes, há geralmente à mão fotos “normais”, deixadas pelos utilizadores, em especial nos sítios mais relevantes. É pena que as fotos panorâmicas sejam tomadas apenas nas estradas. Tentei ver de perto o Grand Canyon e outras paisagens, mas não existiam imagens dos sítios. Pode ser que futuramente as incluam, o que muito valorizaria o serviço.

Devo advertir que esta funcionalidade do Google (ainda?) não se encontra disponível para nenhum local do nosso país, embora algumas cidades espanholas já tenham sido “contempladas”.

Estive também, de fugida, em cima de algumas pontes em Paris e em Roma. De notar que o Vaticano não foi fotografado, possivelmente para preservar a reserva de Sua Santidade (!).

Vou fazer mais visitas. Pena que o portátil se engasgue ao fim de algum tempo com o Flash Player, acabando por bloquear o navegador. Acho que vai estando na altura de o substituir por outro com capacidades mais de acordo com as actuais exigências.

Garanto que esta navegação pelos mapas é uma experiência espectacular.

A falha de memória a que me referia no início não é bem do tipo de se esquecerem os pormenores de um local ou de um assunto. É mais como um vislumbre, um relâmpago de intuição, que quase de imediato se esfuma. Não digo que nesses breves instantes se faça a síntese do conhecimento humano, ou se explique o enigma da origem do Universo, mas a verdade é que fica a sensação de ter ali estado presente alguma sabedoria.

Voltarei a este assunto da memória (ou da falta dela).

Comentários:

Júlia disse a Mon, 29 Jun 2009 17:24:23 GMT:

A exploração do Google Earth é, de facto, absolutamente fantástica. Este ano tive a oportunidade de fazer uma viagem por Lisboa com as minhas "alunas". É pena que nem todos os locais ou cidades se possam ver desta maneira.

Quanto à questão da memória, é um assunto que tem muito que se lhe diga...



terça-feira, 16 de junho de 2009

Antonio Muñoz Molina


Já não recordo com exactidão como conheci Antonio Muñoz Molina. Mas deve ter sido através da página onde colabora na revista espanhola “Muy Interesante”. Pode até parecer estranho e deslocado um escritor desta categoria colaborar com regularidade numa revista pouco prestigiada, virada para o género menor que é a divulgação de temas científicos e tecnológicos, inevitavelmente (e felizmente, diria eu) temperados com bastante ecologia. São revistas viradas para um público não especializado, gente vulgar mas curiosa e interessada, e normalmente encontram-se nas salas de espera dos dentistas e advogados, ao lado de outras publicações viradas para o social e para actualidade cor-de-rosa. Certo preconceito elitista de que por aí se vêem ainda muito mais do que simples vestígios poderia levar a pensar assim. Mas recorde-se que também em Portugal, na homóloga “Super Interessante”, têm as suas páginas próprias Maria Lúcia Lepecki e João Aguiar (em relação a este último, não tenho tanta certeza, pois costumo comprar a versão espanhola). Honra seja feita a esses colaboradores, que dão prova da sua honestidade ao disporem-se a participar em publicações de tão modestas aspirações intelectuais. De referir ainda que estas revistas, ainda que inevitavelmente usem um grafismo de impacto para captar leitores, não alinham pelo esotérico nem adoptam a excentricidade que já nos habituámos a ver em certo estilo americanizado, que destaca apenas o espectacular ou insólito, e se destinam somente a entreter e passar o tempo. Procuram antes satisfazer a curiosidade daqueles leitores que, sem possuírem uma cultura ou conhecimentos muito aprofundados, não renunciam a aprender um pouco mais sobre o mundo que os rodeia.

Antonio Muñoz Molina, na sua página da “Muy Interesante”, escreve geralmente sobre temas relacionados com a protecção do ambiente (ou talvez antes com a falta dela...). E fá-lo de forma muito documentada, como pessoa bem informada que é, no seu tom muito pessoal e envolvente. Já tive oportunidade de traduzir alguns desses artigos, de forma um pouco pirata, pois não dei conhecimento ao autor nem aos editores. Espero que não me processem e que, se o fizerem e ganharem a causa, se contentem com a devolução dos lucros por mim obtidos com a publicação dessas traduções. Aliás, tenho sempre o cuidado de citar as fontes de textos alheios, neste caso com grande destaque, com foto e tudo.

Da leitura desses artigos, surgiu a vontade de ler os seus livros, coisa nem sempre fácil, quer pela dificuldade em encontrá-los (normalmente não ando de livraria em livraria, frequento mais os quiosques das áreas de serviço), quer por mesquinhas razões orçamentais. Mas foi mesmo num desses quiosques que encontrei uma edição de bolso de Sefarad. Mais recentemente, numa bomba de gasolina ali para os descampados da Siberia extremeña, onde costumo parar para descansar ou comprar alguma revista, adquiri os três exemplares existentes, um para cada título, de El viento de la Luna, El jinete polaco e Ventanas de Manhattan, edições de bolso de preço modesto.

(continua)


Comentários:



Júlia disse a Wed, 17 Jun 2009 15:37:01 GMT:
Fiquei cheia de curiosidade. Não conheço o autor que refere mas, como sabe, interesso-me muito por estas questões do ambiente. Tema cada vez mais actual e que urge ser amplamente divulgado para que as pessoas fiquem conscientes do que se está a fazer a este nosso pobre planeta. É que ele é único e irrepetível...
Cumprimentos



sexta-feira, 8 de maio de 2009

Vocação histórica




Nota:
 Todo o texto inserido na imagem acima é fictício.
 Esta revista não existe.
 O que é real e merece a pena é o local retratado,
 onde a cadela passou excelentes momentos
 (e eu também).
 Praia Fluvial de Alamal,
 Belver, Gavião

 Comentários:

aldeiashistoricasdeportugal disse a Wed, 27 May 2009 15:59:01 GMT:
Olá Impalex!.
Descobri o blogue por acaso. É de louvar a iniciativa em dar a conhecer a cultura e a realidade do Portugal Profundo. Eu também procuro fazer algo semelhante com o blogue das Aldeias Históricas de Portugal.

Mas como Portugal não se resume apenas à beleza existente nestas aldeias, estou a dinamizar uma blogagem colectiva sobre "A aldeia da minha vida" para os dias 9 e 10 de Junho, a propósito das comemorações do dia de Portugal.

Haverá um prémio para a melhor postagem.
Venho por este meio convidá-lo a participar para dar a conhecer a sua aldeia ou localidade que acha merecer divulgação e visibilidade.

Para participar basta seguir os passos presentes no blogue: aldeiadaminhavida

Conto com a sua participação!

Um abraço, Susana
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aldeiashistoricasdeportugal disse a Wed, 27 May 2009 16:00:40 GMT:
Estou muito curiosa por saber mais sobre esta revista e como adquiri-la.
Abraço Susana
....................................................
Luiz disse a Mon, 01 Jun 2009 10:58:24 GMT:
Olá Susana:

"Aldeias Históricas de Portugal"

Como sou leitor assíduo da Drª Júlia Galego, creio que foi num dos seus blogs que já tinha encontrado "as aldeias". Garanto-lhe que vou dar toda a atenção à sua proposta e convite.

Entretanto, aproveito para lhe sugerir uma visita a um blog que talvez não desconheça:

http://fotosdoc4.blogspot.com/

No filme aí referido, participou o autor de uma miniatura de moinho de água, Artur Gueifão, a cujo site tomo aliberdade de também sugerir visita:

http://www.arturgueifao.com/

Cumprimentos
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Luiz disse a Mon, 01 Jun 2009 11:11:10 GMT:
Olá Susana,

O seu segundo comentário (a "revista"):

Devo dar o parabéns a mim próprio sobre os resultados da imagem apresentada? Terei de me dedicar ao design gráfico? É que se trata de uma brincadeira. Mas apesar disso já várias pessoas me contactaram no mesmo sentido.

Explico: fui passear com a cadela (que nem é minha, mas da minha filha) à praia fluvial do Alamal, próxima de Belver, cujo castelo se vê na foto. Depois, em casa, surgiu a ideia para a brincadeira.

Mas, como não quero que vá "de mãos a abanar", o que de imediato lhe posso oferecer é mais uma sugestão: Faça uma visita aos locais referidos acima. Passe aí um dia, por que não um fim-de-semana? Garanto-lhe que não dará por perdido o seu tempo.

Neste álbum, imagens da zona (irei colocando mais):

http://picasaweb.google.pt/lmpalex

Cumprimentos
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Júlia disse a Sun, 07 Jun 2009 17:52:05 GMT:
Então voltou a este blogue e não disse nada?
Vou adicioná-lo na lista de amigos
Cumprimentos
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Luiz disse a Sun, 07 Jun 2009 20:47:52 GMT:
Olá Júlia:

Este blogue esteve um pouco abandonado, lá isso é verdade...

Mas tenho um carinho especial por ele, quanto mais não seja por ter sido o primeiro.

Está adicionada à minha lista de amigos. Como sou um bocado "despassarado" (desculpe o palavrão), ainda não tinha reparado nessa funcionalidade.
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sábado, 2 de maio de 2009

Os Aston Martin e a crise







Na segunda-feira, cruzei-me na A-23, ali por alturas do Fundão, com três camiões verdes, ostentando o emblema da Aston Martin.

É lícito presumir que vinham entregar carros da marca preferida de mister Bond, James Bond (o antigo…).

Não se tratava desses vulgares porta-carros barulhentos, capazes de transportar uma dúzia de modelos utilitários, ou umas dez berlinas médias. Eram três camiões fechados, três contentores reluzentes, transportando dois a quatro carros cada um, segundo os meus cálculos.

Tais viaturas de excepção bem merecem um transporte especial. São máquinas maravilhosas, que merecem viajar bem acondicionadas, ao abrigo da chuva e da poeira, e até a coberto de olhares indiscretos, curiosos de saber que modelo, que cor, se é descapotável, se é coupé…

Para mim, quero um, numa certa tonalidade de verde metalizado, fechado. Não é que não goste dos descapotáveis. E até admito, se tiver de ser, receber um desses em vez do coupé. Mas, podendo escolher, opto pelo primeiro. Ou então, se houver, tragam-me um convertível com capota metálica. Assim, além do prazer de viajar com os cabelos (ou a semi-careca) ao vento, posso ter um carro fechado sem aquela inestética (há quem discorde) lona preta.

Ora bem, então viriam ali entre seis a doze Aston Martin. De uma só vez, é obra! Cheira-me que a crise não atingiu a todos. Ou então, na pior das hipóteses, são encomendas já antigas. A esta hora, estão os empresários e os futebolistas (os políticos não podem) a arrancar os cabelos, sem saber como vão arranjar dinheiro para a gasolina (os bólides já estão pagos, no acto da encomenda. É assim que tratam os ricos. Vendem-lhes os carros, mas nada de prestações. Pagamento adiantado, milord, please!).

Mas deixemo-nos de conjecturas.

Eu já ficaria satisfeito se me pudessem garantir, com toda a certeza deste mundo e do outro, que nenhum daqueles carros foi comprado com dinheiro mal ganho, ou seja, daquele que, no sítio de onde saiu, deixou os tais buracos sem fundo, os tais que até eu tenho de suar para voltar a encher.

Garantam-me lá isso, se fazem favor.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A propósito da homenagem a uma múmia



http://botaacima.blogs.sapo.pt/arquivo/botas.jpg
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Parece ser quase geral a tendência para sentir a nostalgia de um tempo passado, em que tudo foi melhor do que agora.
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Antigamente é que era bom.
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Nunca se viu uma coisa assim.
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Por este caminho, não sei onde vamos parar.
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Até a meteorologia se vê confrontada com esta situação, apesar de as estatísticas, comprovarem que está tudo mais ou menos na mesma. É certo que o chamado aquecimento global está apoiado por estudos válidos, mas a propaganda e as campanhas (bem intencionadas, neste caso) superam em espalhafato os efeitos que possam vir a ter sobre os hábitos de consumo da humanidade.
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E escamoteia-se sempre a opinião dos geólogos, esses seres anónimos, que sabem muito bem que a temperatura da Terra tem ciclos, que o nível do mar não é constante, nem a proporção entre as quantidades de água no estado líquido e no estado sólido sobre a Terra. A razão para isso é muito simples: é praticamente impossível ao ser humano, enquanto indivíduo e geração, produzir efeitos sobre o planeta numa escala geológica. Somos pequenos de mais para isso e estamos por cá pouquíssimo tempo.
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Mas a opinião pública, irmã mais velha da consciência global, faz-se hoje nos media, perseguindo interesses comerciais óbvios. Para conseguir o interesse das pessoas, captar a sua atenção para o spot que tudo financia, é preciso alimentar-lhes um bocadinho o ego, fazer-lhes crer que contam, que os seus actos produzem efeitos visíveis e importantes sobre o presente e o futuro. Daí o anonimato dos cientistas que estudam matérias pouco manipuláveis.
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Daí também a escassa programação sobre matérias capazes de levar as pessoas a ter uma ideia de si próprias à escala do Universo. Não convém que adquiram demasiada consciência. Por outro lado, o telelixo entretém (e, para além disso, os reality shows e o futebol servem de escape às tensões).
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Já noutra perspectiva, apesar de todas as luminosas esperanças e promessas das últimas décadas, as pessoas têm-se visto, na sua maioria, confrontadas com uma realidade triste e cinzenta, coroada agora pela recente crise.
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Durante todos estes anos, nos bastidores (não subterrâneos, como conviria num filme de terror, mas muitos pisos acima do chão, bem luminosos e arejados), os parasitas brilhantes de sempre trataram de nos ir comendo por dentro, contando para isso, através de engenhosos processos de persuasão, com o nosso próprio contributo voluntário.
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A desilusão é generalizada. Apenas escapam aqueles que a produzem, cujos olhos só procuram ver, e conseguem, o brilho do metal sonante.
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Mas não se podem culpar as pessoas da sua própria desilusão. É preciso encontrar bodes expiatórios. Os mais óbvios são os detentores dos mais altos cargos políticos, supostamente detentores do poder absoluto de nos fazer ricos e felizes, poder esse que só não usam porque não querem. Fraco poder possui essa gente e sabem-no. Por isso, quando podem, tratam de ir garantindo o seu sustento e futuro, bem como os de quem os acompanha. De poder, têm só o começo. O verdadeiro poder, vão alcançá-lo se conseguirem retirar-se para o outro lado. Sabemos de exemplos disso.
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Nesse panorama, como não ir ao passado desenterrar as múmias, retirar-lhe o pó, aplicar-lhes umas cores, montar um circo com elas, uma exposição, um concurso, uma homenagem, e mostrar à gente que os dias de hoje só são tão maus porque já não há pessoas como as que foram aquelas mesmas múmias?!
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Afinal a saudade é tão portuguesa.
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(agora quanto à tal homenagem, parece que ela é feita por uns idiotas que, sem o saberem, estão a prestar um grande favor àqueles que realmente teriam motivos para a fazer. E não são os mais óbvios…)
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Comentários:

# Tempestade said on April 24, 2009 11:17 AM:
Caro camionista
Sempre foi assim e será assim durante mais 100 anos. Nunca estamos bem com o que temos. Achamos sempre que o que era bom já lá vai...
Abraços
Tempestade
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# camionista said on April 24, 2009 11:29 AM:
Pois sim, mas o problema é que querem aproveitar-se dessa nossa tendência saudosista para nos manterem quietinhos, consumidores e, se possível, adeptos do antigamente (desde que isso ajude ao negócio).
Tempestade, obrigado pela visita e um abraço
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# camionista said on April 24, 2009 11:36 AM:
Consumidores, sim, com todo o prazer, desde que passem para cá o cacau.
Se querem estimular a economia, dêem dinheiro aos consumidores (que a ele tenham direito, obviamente) em vez de ajudar os banqueiros ladrões e seus altos funcionários com contratos blindados.
Então, a malta desata a comprar e os negócios vão para  frente. Mas se calhar não é assim. Dinheiro na nossa mão provoca inflacção.
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# cybertruck said on April 24, 2009 7:33 PM:
Os dias do calendário são livres, qualquer um pode dispor deles para celebrar o que muito bem entender.
Mas celebrar o ditador no próprio dia consagrado à comemoração da deposição do regime que ele encabeçou, é uma provocação, uma ideia que só pode ter saído da cabeça de porcos fascistas (para não me servir de mais expressões) que têm todo o direito de o ser.
Afinal, esse dia serviu, pelo menos, para permitir a liberdade de expressão. Dá-lhes, a eles, aquilo que sempre negaram aos outros.
Porcos fascistas!
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# camionista said on April 24, 2009 7:52 PM:
Têm todo o direito de dar o nome do Dr. Salazar a um largo da sua terra natal, ou de outro sítio  qualquer. Até nem me oporia a  que a ponte agora chamada "25 de Abril" regressasse à sua designação inicial. Haveria  até uma certa justiça nisso.
O que me parece de grande "sujidade" mental é a ideia de se fazerem essas coisas no próprio dia em que se comemora a revolução que depôs o ignominioso regime que o fulano encabeçou durante 40 negros anos.
Têm todo o direito de o fazer. A liberdade de expressão, afinal, é uma das conquistas de Abril que ainda permanece, e suponho que muito contestada por aqueles que agora dela se servem.
Mas trata-se de uma provocação e como tal tem que ser entendida.
"Porcos fascistas" está bem dito.
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terça-feira, 10 de março de 2009

Um paraíso à beira-rio




























































As imagens referem-se à Praia Fluvial do Alamal (Gavião), situada no rio Tejo, albufeira da Barragem de Belver, logo abaixo da referida vila, na margem oposta.
Existem também fotos da vila de Belver, e do seu castelo, tomadas de cima da ponte sobre o Tejo, ou das suas imediações.
O acesso à Praia Fluvial faz-se a partir da A-23 (saída de Domingos da Vinha) em direcção a Gavião, passando dentro da vila de Belver. Encontra-se devidamente sinalizado logo à saída da Ponte.
A partir de Gavião, pela EN118, encontra-se também devidamente sinalizado junto a esta vila.


Comentários:

realidade de um sonho disse a Sun, 19 Apr 2009 22:54:48 GMT:
Visitamos Hoje e adoramos!

Luiz disse a Mon, 20 Apr 2009 11:45:58 GMT:
E, se calhar, o autor destas fotos andava por lá, em busca de novos ângulos e perspectivas...

rsss:)))

realidade de um sonho disse a Mon, 20 Apr 2009 14:42:40 GMT:
o meu cunhado é de lá , tem lá familia, com toda a certeza vou lá voltar!!!! o sogro da minha irmã tá a recontruir lá uma casa!


domingo, 1 de março de 2009

Da influência do subsídio de desemprego no atraso das refeições (uma forma de ver o problema)

 

              

               Imagem daqui : http://tinyurl.com/cnms3a

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Esta semana estive, em trabalho, numa cidade costeira cujo nome me abstenho de mencionar, para que não sirva de pretexto a quaisquer evocações.

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Enquanto esperava a minha vez, chegou a hora de almoço. Fiz, então, aquilo que é habitual fazer-se nessa altura.

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O restaurante está situado à beira da estrada, mesmo ao entrar na zona industrial. Já é meio caminho andado para ter alguns clientes.

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E foi isso mesmo que aconteceu. A sala de refeições não estava cheia, mas é bastante grande e estava bem composta. Estavam muitos clientes sentados em mesas ainda por levantar, com a loiça do comensal anterior à sua frente.

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Sentei-me, e aguardei a minha vez de ser atendido. Demorou. Demorou mesmo muito. Notei que o pessoal estava reduzido. Faltava pelo menos uma empregada, talvez duas. Serviam à mesa apenas o dono da casa e um empregado. Era visível que custavam a dar conta do recado.

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O atraso foi de tal ordem que, quando finalmente me atenderam, escolhi, não o prato que mais me agradava, mas aquele que me pareceu mais rápido de servir, algo de “tirar do tacho”, no caso uma dobrada.

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E foi nessa altura que o dono da casa, talvez por se ter dado conta das minhas caretas de impaciência, me explicou o motivo dos problemas.

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Que não se conseguia contratar pessoal, dizia ele. Uma das empregadas despedira-se. O homem pagava-lhe algo como 500 euros por mês. Como o valor mínimo do subsídio de desemprego não anda muito longe disso, a senhora disse que, assim, preferia ficar em casa.

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A situação que eu acabei de relatar não tem nada de novo. Quem não ouviu já falar dela?

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Mas configura-se aqui a presença de um grande número de problemas, uns mais relevantes que outros. E não conseguiremos estar de acordo quanto a isso. Como sempre, e como dizem os espanhóis, “según se mire…”

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Cada um tira as suas conclusões. E nem sequer me atrevo a dizer se o salário era baixo, se o subsídio não-sei-quê, se a vontade de trabalhar não-sei-quantos, se a crise, se o Governo…

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pilarete




Eis a imagem original:

Para fazer justiça ao dono da propriedade:
(Cerealpor, Alegrete, Portalegre)
Na zona de Portalegre, existem muitos portões de propriedades com pilaretes semelhentes a este.




Nos últimos anos, tem havido, no concelho de Portalegre, uma grande preocupação com a traça das construções, tendendo sempre para uma aproximação a um estilo tradicional da região. Talvez isso tenha conduzido a alguma monotonia, mas, por outro lado, evita a proliferação de desenhos estapafúrdios que, ainda não há muitos anos, eram a nota dominante em tudo quanto era aldeia, vila ou cidade.
(As "maisons" até ficam optimamente em França!)


Cores públicas, privadas cinzas


                
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Não tenho nada contra o cinzento. Uma foto a preto e branco, com o seu jogo de contrastes, sem a distracção da cor, até pode ser, pese embora a inexactidão cromática, uma boa maneira de representar a realidade (ou aspectos dela).
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Embora o possa parecer, não estou a falar de fotografia. Comecei por referir o cinzento, porque esse adjectivo provém de “cinza”, Lat.cinis.
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Do que já não gosto tanto é destas, em nenhum dos seus significados.
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De cinzas é também o dia de amanhã, segundo a tradição.
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A quarta-feira de cinzas é o símbolo da hipocrisia.
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Bem “lhes” gostaria ter-nos sempre de quaresma. Mas isso não é possível. Nascemos pagãos (temos até de remediar isso através do baptismo, lembram-se?). Gostamos, naturalmente, de folia. O colorido do Carnaval.
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Temos então esse (este) dia de folga. Dia de tirar a barriga de misérias, de abusar do pecado, já a pensar na penitência que aí vem.
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É aí que começa a hipocrisia. Quem instituiu este curto interregno no reino das sombras fê-lo, não a pensar em nós, mas em si próprio. Para legitimar, com o dia de hoje, a eterna orgia/folia em que, portas adentro, vivem os impositores de certa moral.
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Roubo continuado, durante a tarde


Tudo se passou junto às águas calmas do Rio Tejo.
Passando junto a uma mansão de ar sinistro…
… vi um casal entretido a tratar da vinha, alheio às peripécias que ocorriam à sua volta.
A mansão situa-se junto à antiga estação dos comboios.
Era a hora errada (relógio parado) mas o local era certo.
Na chaminé da sinistra mansão, um casal de cegonhas afadigava-se na contrução do ninho.
Ali perto, na chaminé da antiga fábrica de pimentão, outro casal competia na tarefa com o primeiro.
Ei-las aqui recolhendo os materiais…
…num ninho próximo, presentemente desocupado.
A recolha prossegue.
Uma das aplicadas trabalhadoras, dirigindo-se ao local de recolha.
E agora regressando à obra.
Ali perto, num pilar das ruínas da fábrica, mesmo ao lado da via férrea, uma rola toma nota do que se passa, e vai comentando em voz alta.
Entretanto, passa o comboio que, com um apito estridente, põe final à história.